quarta-feira, 29 de junho de 2016

Perversidade + Pretextos + Conveniência = Progressismo.


 
O ser humano transformado em mero objeto de utilidade é consequência dessa mentalidade que vem destruindo todo tipo de comportamento virtuoso.

É claro que toda essa destruição é mascarada e propagada em vestimentas de aparente piedade.

Assim, por exemplo, a cultura totalmente promíscua, que destrói os valores fundamentais de respeito e convivência social, com a propagação deliberada da violência e da erotização, é denominada de "expressão cultural dos excluídos"; o assassinato de um feto, como se este fosse uma mera coisa, se transfigura no lema "liberdade sobre o próprio corpo"; a cada vez mais precoce sexualização infantil, realizada no ambiente escolar e familiar, encontra respaldo na "liberdade de autodeterminação sexual" que a criança supostamente possui.

Como dito, tudo isso não passa de formas belas de velar a perversidade monstruosa que se encontra por trás de cada um desses pretextos.

Em nome de se pleitear um benefício para si mesmo, ou para determinado grupo que se quer privilegiar, o argumentador procura vender sua ideia com um fundo que apresente, aparentemente, um benefício genérico para coletividade - mas que, na verdade, apenas esconde seus reais propósitos.

Assim, diz-se que o aborto, por exemplo, não é de interesse somente da pessoa que quer exercer sua "liberdade", pois soaria demasiadamente egoísta, levando a uma rejeição social à ideia; mas de todos, já que poderia resultar em uma redução da desestruturação familiar e, consequentemente, da criminalidade.

Note que não há nada que ateste tal afirmação, sendo esta apenas uma desculpa que esconde o verdadeiro propósito cruel que se encontra por trás da mencionada ação; portanto, para fins de diminuição da reprovabilidade social sobre a conduta, cria-se todos os pretextos, ainda que estes sejam os mais estúpidos, para dar ares de caridade ao que é, em sua essência, absolutamente horrendo.  

Nesse engodo, que usurpa a realidade dos fatos notoriamente cruéis, transmutando-os em algo aparentemente bom para fins de aceitação da massa, é que se baseia toda a retórica ideológica - principalmente as mais alinhadas à Esquerda. É por causa disso, também, que ser defensor à risca de uma ideologia significa antes de mais nada assassinar todo o zelo que se tem pela Coerência e Verdade.

Tudo isso por uma razão bem simples: O reino ideológico tem como único rei a Conveniência!

Já não há mais sinceridade nos debates exatamente por essa razão. Vejo, todos os dias, pessoas que camuflam - algumas até de si mesmas - suas intenções egocêntricas para que seu ponto de vista possa ser mais facilmente aceito pelos outros.  A desonestidade se manifesta na raiz de todo argumento que se vale da arte persuasiva descomprometida, por motivações vaidosas, com a Verdade; aliás, as interpretações dos fatos são manipuladas a fim de que se comprove o que se quer.

Pobre da Coerência, que nunca terá vez nesse embate.

Esse é o retrato de toda essa ideologia progressista vomitada sobre as pessoas diariamente, sem qualquer pudor, em todas as esferas midiáticas, políticas e culturais. É a bandeira dos hipócritas que dizem se rebelar justamente contra o que eles acusam de "hipocrisia dos conservadores".

É evidente que o conservadorismo, por ter seu cunho ideológico, está bem mais repleto de moralistas hipócritas do que de consciências sóbrias e honestas. Entretanto, o poder destrutivo da agenda progressista nunca veio para libertar ninguém de nada! Na verdade, esse é mais um caso em que a desculpa dissimula os intentos, pois, em nome de uma suposta liberdade moral, o que se tem é a escravização por novos padrões ainda mais implacáveis e, justamente por serem camuflados, mais sombrios.    

Esta é a era da cultura da desresponsabilização e da transformação de réus em vítimas. Sobre esses assuntos, discorrerei nos próximos textos de modo bem mais específico. 


 
 

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