Existe um efeito instantâneo a todo entendimento e prática do Evangelho realizados de modo equivocado: a escravização de consciência!
Uma mera observação da estagnação de consciência e da insistente imaturidade dos fieis comprovam bem essa afirmação, pois esses fenômenos são, simultaneamente, sintomas da falsificação e combustível para sua perpetuação.
Combustível porque, quanto menos desenvolvimento da consciência em Cristo, mais haverá sujeição ao controle e manipulação humanos. Sem o discernimento que gera liberdade, a percepção para o mal circundante se torna nula, sobrando insegurança tal qual no caso de uma presa indefesa que não perceber a aproximação de seu predador; a insegurança opera medo, que por sua vez leva a pessoa ao ciclo infindável de dependência ao guru religioso, usurpando todo seu resquício de juízo como num animal adestrado que somente faz o que é conveniente ao adestrador.
É evidente que essa é uma posição muito confortável para o ex-humano e agora "bichinho de estimação", já que receber comida do "dono", ao invés de ter que ir buscá-la por intermédio de seus próprios esforços, é realmente uma comodidade tentadora.
Entretanto, o "adestrador de almas" não nutre por sua cria qualquer tipo de amor verdadeiro, isso porque ele mesmo, no fim, é mais uma peça nessa engrenagem de adestramento compulsivo, de modo que ao final da cadeia se encontra aquele que a todos escraviza : o próprio Diabo. Este, por fim, não alimenta ninguém a não ser pelo intuito de manipular sua presa para seu usufruto, de acordo com sua conveniência, como um burro de carga, que só é útil ao seu dono enquanto tiver forças para realizar bem o seu dever, sendo abandonado à morte tão logo a idade ou a doença o enfraqueça; tudo isso após anos de várias chicotadas e servidão implacável ao seu senhor carrasco.
É claro que quanto mais distante do início da cadeia, mais desconhecimento se tem dos verdadeiros desígnios de todo esse sistema de aprisionamento; nesse ponto, a ignorância faz de todos servos inconscientes do real Inimigo; mas no fim, inevitavelmente, tanto o arrogante falso mestre quanto o crente alienado são meros instrumentos descartáveis do maligno.
O apóstolo Pedro, em sua segunda epístola, capítulo 2, está se referindo exatamente a esse sistema de engodo, que já estava bem divulgado em seus dias. Ele começa denunciando os falsos mestres, afirmando severamente que suas práticas são a deturpação do próprio caminho da Verdade, pois esses falam e agem em nome de Deus.
Ainda, o apóstolo declara que os fiéis são reduzidos ao estado de meras "coisas" por se tornarem o objeto de negócios desses mestres religiosos; tudo em nome da avareza.
Aliás, o emblemático texto de Apocalipse 18 está em total consonância com o que fora dito por Pedro; texto esse que me causa pesar no coração ao perceber o nível de desvalorização do ser humano que acometerá o senso moral dos homens. Nos versos 11 ao 13, nota-se claramente o desespero e lamento da humanidade não pelas mortes ou por toda a desolação que lhes sobreveio, mas pelo fato de que suas mercadorias já não têm mais compradores. E no verso 13, especificamente, na lista de produtos mercantis que eram comercializados por aqueles homens ímpios estão os termos "corpos" e "almas de homens".
Meu Deus! Aí está escancarada a maldosa redução do valor da vida humana; a monstruosidade por trás de todo ímpeto avarento, que maximiza a insanidade humana a limites inimagináveis! E pior: essa prática de fazer da pessoa uma mera coisa comercial, pelo que se extrai de II Pedro 2, é costume dos próprios religiosos e de seus gurus arrogantes.
Não é outra coisa que observo nos dias de hoje: o aumento da perversidade no ambiente em que a palavra "amor" é vomitada das bocas todo o tempo e por todas as pessoas!
Pedro continua em suas admoestações, declarando, no verso 14, que o alvo principal desses "negociadores de almas" é justamente aquelas que são inconstantes. Por isso, não é em vão que o incentivo a uma crença emocional, ao invés de um evangelho por convicção de fé, é tão propagado nos dias atuais; porque não existe melhor meio de tornar uma pessoa absolutamente instável do que a expondo a histerias e fantasias psicológicas, reduzindo todo o crer a um sentimentalismo barato, destruindo todo o discernimento e, por fim, chamando a todo esse aparato de "unção" ou "mover" do Espírito.
Voltando à explicação daquela cadeia de adestramento, o que se observa é que os falsos mestres descobriram que, pela inconstância dos fiéis, se pode usurpá-los de maneira mais fácil; entretanto, esses mesmos líderes são somente marionetes daquele que desestabiliza a todos para difamar o caminho da Verdade.
Poderia escrever muito mais coisas acerca desse texto bíblico, mas prefiro fazê-lo em outra oportunidade para que se facilite o entendimento do que se está a denunciar.
O fato é que tudo não passa de mecanismos de controle nessa máquina corrompida, desde a raiz, que se tornou o cristianismo evangélico. A estultícia para fazer o mal é tamanha que eu estou vendo, por exemplo, até mesmo falsos mestres e apóstolos, agora, se levantando contra a teologia da prosperidade, pois perceberam que essa virou a moda e a isca perfeita para enganar os incautos com um discursos de aparente piedade, mas negando a sua eficácia, com os seus enganos destilados entre suas frases de efeito, bem como com seu modo de viver hipócrita.
Que a misericórdia de Deus proteja os sinceros que ainda pertencem, por ingenuidade, a esse sistema; e que o discernimento, no amor à Verdade, seja o farol dos que velam pela coerência no evangelho.
O apóstolo Pedro, em sua segunda epístola, capítulo 2, está se referindo exatamente a esse sistema de engodo, que já estava bem divulgado em seus dias. Ele começa denunciando os falsos mestres, afirmando severamente que suas práticas são a deturpação do próprio caminho da Verdade, pois esses falam e agem em nome de Deus.
Ainda, o apóstolo declara que os fiéis são reduzidos ao estado de meras "coisas" por se tornarem o objeto de negócios desses mestres religiosos; tudo em nome da avareza.
Aliás, o emblemático texto de Apocalipse 18 está em total consonância com o que fora dito por Pedro; texto esse que me causa pesar no coração ao perceber o nível de desvalorização do ser humano que acometerá o senso moral dos homens. Nos versos 11 ao 13, nota-se claramente o desespero e lamento da humanidade não pelas mortes ou por toda a desolação que lhes sobreveio, mas pelo fato de que suas mercadorias já não têm mais compradores. E no verso 13, especificamente, na lista de produtos mercantis que eram comercializados por aqueles homens ímpios estão os termos "corpos" e "almas de homens".
Meu Deus! Aí está escancarada a maldosa redução do valor da vida humana; a monstruosidade por trás de todo ímpeto avarento, que maximiza a insanidade humana a limites inimagináveis! E pior: essa prática de fazer da pessoa uma mera coisa comercial, pelo que se extrai de II Pedro 2, é costume dos próprios religiosos e de seus gurus arrogantes.
Não é outra coisa que observo nos dias de hoje: o aumento da perversidade no ambiente em que a palavra "amor" é vomitada das bocas todo o tempo e por todas as pessoas!
Pedro continua em suas admoestações, declarando, no verso 14, que o alvo principal desses "negociadores de almas" é justamente aquelas que são inconstantes. Por isso, não é em vão que o incentivo a uma crença emocional, ao invés de um evangelho por convicção de fé, é tão propagado nos dias atuais; porque não existe melhor meio de tornar uma pessoa absolutamente instável do que a expondo a histerias e fantasias psicológicas, reduzindo todo o crer a um sentimentalismo barato, destruindo todo o discernimento e, por fim, chamando a todo esse aparato de "unção" ou "mover" do Espírito.
Voltando à explicação daquela cadeia de adestramento, o que se observa é que os falsos mestres descobriram que, pela inconstância dos fiéis, se pode usurpá-los de maneira mais fácil; entretanto, esses mesmos líderes são somente marionetes daquele que desestabiliza a todos para difamar o caminho da Verdade.
Poderia escrever muito mais coisas acerca desse texto bíblico, mas prefiro fazê-lo em outra oportunidade para que se facilite o entendimento do que se está a denunciar.
O fato é que tudo não passa de mecanismos de controle nessa máquina corrompida, desde a raiz, que se tornou o cristianismo evangélico. A estultícia para fazer o mal é tamanha que eu estou vendo, por exemplo, até mesmo falsos mestres e apóstolos, agora, se levantando contra a teologia da prosperidade, pois perceberam que essa virou a moda e a isca perfeita para enganar os incautos com um discursos de aparente piedade, mas negando a sua eficácia, com os seus enganos destilados entre suas frases de efeito, bem como com seu modo de viver hipócrita.
Que a misericórdia de Deus proteja os sinceros que ainda pertencem, por ingenuidade, a esse sistema; e que o discernimento, no amor à Verdade, seja o farol dos que velam pela coerência no evangelho.